quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O grilo falante

O filme Pinoquio não é só um dos maiores clássicos Disney de animação a duas dimensões. É, por e simplesmente, o mais tocante e assustador de todos eles.
Toda a gente conhece a historia, um carpinteiro que não tem família dedica se à construção de "bonecos de pau", as vulgares marionetas. Certo dia uma fada, observando a solidão do velho(Gepeto) decide dar vida a uma dessas marionetas(Pinoquio), atribuindo-lhe uma consciência, personificada na forma de uma pequeno grilo que fala - o grilo falante.
Ao longo do filme vão acontecendo várias peripécias, como sejam a fuga de Pinoquio(faltando à escola), o estar com meninos maus que se vão transformar em burros, ou o episódio memorável da "dona Monstra", a baleia preta.
Esse é o episódio fulcral ao longo de toda a historia do filme. O arrependimento de Pinoquio, o "voltar à vida" de Gepeto, a transformação de Pinoquio num "menino de verdade" e o coroar do trabalho de grilo com uma medalha é o ponto final nesta maravilhosa historia Disney.

Mas este historia é muito mais que simplesmente uma historia. E digo isto devido ao desempenho de uma personagem demonstra ser, na minha opinião, a mais importante e fulcral de toda a acção.
Sempre que o boneco não a ouvia iria lamentavelmente agir de forma errada.


Pois bem, é exactamente por causa disso que vos escrevo hoje. A personagem do grilo falante não se encontra assim tão distante da realidade actual. Mas obviamente que permanece escondida no interior de cada um de nós. É algo nosso, que cada um tem. O sentido de responsabilidade, o critério de decisão se algo está certo ou errado, se devemos ou não seguir determinado caminho...

Contudo, existem sempre pessoas em que esse grilo falante fala pouco. Opina pouco. É omisso...E é essa atitude que leva a que a pessoa passe de "menino de verdade" para "boneco de pau", isto é, uma espécie de regressão na historia da Disney.

É nessas alturas que se vê quem são os verdadeiros amigos, isto é, quem pode passar de vulgar pessoa a consciência de outra. Emprestando a sua "consciência", fornecem se juízos de valor(por vezes certos, por vezes errados) que têm por objectivo ajudar a formar uma melhor/pior opinião sobre o acontecimento, fornecendo argumentos para que a pessoa possa decidir.

Nem sempre as coisas que se ouvem deste "Jiminy Cricket"[grilo falante no original] são agradáveis. Mas se o fossem sempre não deixariam de ser consideradas válidas? Para que queremos ouvir que temos razão? Para isso não precisamos de ninguém, basta ficarmos sozinhos.
Mas vivemos em sociedade. Uma sociedade sem escrúpulos, em que o mais fraco invariavelmente sairá magoado...

Aos meus grilos falantes devo dizer OBRIGADO por existirem. Diariamente dou graças a Deus por ter por perto pessoas tão fantásticas como tenho. Sei que as pessoas de quem falo se irão sentir identificadas por este texto. Uma vezes sou eu o grilo, muitas vezes são eles...

O grilo falante é uma ajuda, e quantas mais tivermos, com certeza melhor e de forma mais correcta decidiremos!

2 comentários:

  1. Só invocar o nome de Deus em porcaria... Cure-se!

    Chupai <3

    ResponderEliminar
  2. Tu não és grilinho de certeza...sabes porquê?Porque não comes grelo!

    ResponderEliminar

Esteja à vontade!