sábado, 13 de fevereiro de 2010

Precious: Based on the Novel Push by Sapphire

O sucessor natural de "Colour Purple". Veremos se será um triunfo nos oscars.


O argumento é brilhante, a historia perturbadora, as representações poderosas, e merecidamente recebe nomeações para Oscars nas principais categorias.

O filme conta a historia de uma rapariga, obesa e analfabeta, da sua relação com a sua mãe, das constantes violações por parte do seu pai (que lhe deu dois filhos), da sua luta por aprender a ler, da sua relação com os psicólogos e assistentes sociais...Resumindo: é um filme dramático, baseado no livro "Push", escrito por Sapphire, que leva à lágrima a pessoa mais forte.

Realizado por Lee Daniels, (realizador afro-americano, sentiu medo quando levou o filme ao festival de Cannes por temer que o filme servisse para as pessoas generalizarem a ideia dos cidadãos afro-americanos como "sem lei", "violentos" e criminosos), e co-produzido por Oprah (a milionária rainha da televisão Norte-Americana), este transporta o telespectador para o Harlem de 1987.

Segue se o trailer:





Precious, a actriz interpretada pela gigante (literalmente) Gabourey "Gabby" Sidibe, que ganhou o papel depois de um casting com mais de 300 raparigas, tem uma relação atribulada com a mãe (outra interpretação brilhante de uma desconhecida Mo'Nique) e com o pai(que aparece apenas numa cena assustadora, violentando a pequena Precious) que a molestou desde criança dando lhe 2 filhos aos 16 anos, uma com o carinhoso nome de "Mongo"(diminutivo de Mongolóide, já que ela tem trissomia 21) e um rapaz que a faz repensar toda a relação que tem com a mãe, decidida a levar o estudo a sério, tendo como objectivo aprender a ler e escrever.

Conta com as participações de Mariah Carey(no papel surpreendente de uma assistente de acção social) e Lenny Kravitz (um enfermeiro gingão que, apesar de ter poucas falas, não compromete) e são a chave do sucesso do filme, isto é, os diálogos que não passam directamente pelas actrizes principais. Boas prestações e curiosidade relativa, em relação a próximas aparições.

Mais que certa é a vitoria de Mo'nique como actriz secundária e atenção a Sidibe como a surpresa a ter em conta na corrida à estatueta de melhor actriz. Mas é muito difícil considerar este filme como vencedor para a categoria de melhor filme...

Nota final 3/5 no que pode ser considerado como o sucessor natural de "cor purpura" de Spielberg.



Nota:

Este filme é dramático, contendo cenas consideradas para alguns como chocantes. Infelizmente, aquando da sua visualização, a sala possuía demasiados "tristes", "estúpidos", "burros" e até mesmo "insensíveis", que quando se pediam silêncios se obtinham gargalhadas altíssimas...Outras vezes ouviam se comentários como "e agora? que vai ela fazer?", ou "que nojo, não acredito". É pelo tipo de comentários que se define a pessoa, e francamente, se tivesse de dar nota ao publico daria bola preta em 5 estrelas.Francamente má a audiência, uma tristeza...

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